Efeito da sucessão de culturas e doses de nitrogênio sobre o rendimento de frutos de melancia

Abstract

A cultura da melancia é uma das mais importantes no Estado de Roraima, com uma área plantada de aproximadamente 1000 ha-1 irrigados e produtividade média de 8.017 kg ha-1 de frutos. Essa produtividade é considerada baixa, levando em conta o potencial da cultura; e as razões disso são o manejo inadequado, principalmente, da adubação. Neste estudo, testaram-se três sistemas de sucessão de cultura combinados com seis doses de Nitrogênio com o objetivo de avaliar os benefícios da sucessão das culturas e doses de nitrogênio sobre a produtividade de frutos da melancia. Foram instalados dois experimentos (2010 e 2012) no delineamento de blocos ao acaso no esquema de parcelas subdivididas com quatro repetições. Nas parcelas, testaram-se as sucessões de cultura (mucuna preta, feijão-caupi e vegetação espontânea) e, nas subparcelas, as doses de nitrogênio (0 a 250 kg ha-1). A cultura cv Crimson Sweet foi irrigada por sulcos no espaçamento de 1,0m x 3,5m. Avaliou-se a produtividade de frutos comerciais na área útil das subparcelas (7 plantas), número, porcentagem de frutos, massa média de frutos, sólidos solúveis totais e relação polpa-casca. Os dados foram analisados por anova (p<0,05), e as médias referentes aos efeitos das doses de N foram estimadas por análise de regressão polinomial. As espécies de plantas de cobertura não afetaram a produtividade nem a qualidade de frutos de melancia, independentemente do ano de cultivo. As doses 114,77 e 115,49 kg ha-1 de N proporcionaram o maior número de fruto, (6.900 e 4.889 frutos ha-1) e massa média de frutos (9,49 e 13,15 kg fruto- 1), no primeiro e no segundo ano decultivo, respectivamente. A porcentagem de frutos não foi influenciada pelas plantas de cobertura e nem pelas doses de N, independentemente do ano de cultvo. Os sólidos solúveis totais e a relação polpa/casca do fruto de melancia não foram influenciados pelas espécies de plantas coberturas nem pelas doses de N. A maior produtividade de frutos (64,02 e 55,05 Mg ha-1) obtidas com doses de 125,11 e 155,31 kg ha-1 de N, no primeiro e no segundo ano de cultivo, respectivamente.